Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Neste artigo, a Energia Letiva dá-te boas razões para manter a esperança num mundo melhor.
A temperatura mundial atingiu os níveis mais quentes alguma vez medidos no passado dia 22 de julho - e os especialistas preveem que 2024 poderá ultrapassar 2023 como o ano mais quente de sempre.
Mas o que marcou os últimos sete meses de forma positiva? A Energia Letiva foi à procura e traz-te alguma esperança em forma de notícias.
Mais investimento em energia limpa
Em Portugal, o governo aprovou um novo parque eólico que, uma vez construído, tornar-se-á no maior do país, satisfazendo o consumo anual de 128 000 habitações. Do outro lado do mundo, começou a funcionar o maior parque solar do mundo na China, capaz de alimentar um pequeno país como a Papua Nova Guiné ou o Luxemburgo.
Ainda no tema da energia solar, o governo indiano simplificou o seu processo de aprovação, facilitou o pedido de subsídios e disponibilizou dinheiro para incentivar a adoção mais rápida de painéis solares, considerados essenciais para que o país atinja os seus objetivos em matéria de energia limpa.
Enquanto as energias renováveis produziram mais de 30% da eletricidade mundial, as emissões de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis na União Europeia (UE) atingiram o nível mais baixo dos últimos 60 anos. Um estudo provou que não é preciso investir mais em combustíveis fósseis, uma vez que os projetos atuais chegam para responder à procura de energia até 2050.
Atualmente, há sete países a produzir 100% da sua eletricidade a partir de energias renováveis: Albânia, Butão, Nepal, Paraguai, Islândia, Etiópia e Congo.
União Europeia num bom caminho
Nos últimos meses, a UE não parou. Os Estados-Membros adotaram novas regras para reduzir as emissões de metano no setor da energia, o greenwashing passou a ser proibido e o Parlamento Europeu aprovou várias leis, nomeadamente para reduzir o fluxo crescente de resíduos de embalagens, melhorar a qualidade do ar e promover o direito à reparação.
Moda além do fast fashion
A moda também foi notícia por boas razões. A Chéquia anunciou que vai impor a recolha obrigatória de resíduos têxteis a partir de 2025 e a França aprovou um projeto de lei pioneiro para combater a ultra-fast fashion, proibindo a publicidade aos têxteis mais baratos e propondo uma taxa ambiental sobre os artigos de baixo custo.
A nível mundial, a roupa em segunda mão está perto de representar 10% das vendas no setor da moda, meta prevista para o próximo ano.
Mobilidade mais verde
O transporte público gratuito em Montpellier deu frutos e levou a um aumento de 20% nas deslocações. Já Bruxelas prepara-se para se tornar numa cidade de 10 minutos.
Fora da Europa, Seul destacou-se ao lançar um cartão do clima que oferece acesso ilimitado aos transportes públicos, e São Francisco (EUA) inaugurou o primeiro ferry de passageiros movido a hidrogénio do mundo.
Também as bicicletas mereceram um lugar de destaque. Os governos da UE comprometeram-se a construir mais pistas para bicicletas e lugares de estacionamento seguros, melhorar a segurança dos ciclistas e promover ações que incentivem a passagem das quatro para as duas rodas, numa declaração considerada “histórica” para a Europa. Segundo um estudo da Institut Paris Region, a bicicleta já é, aliás, mais popular do que a condução no centro de Paris.
Proteger o planeta em tribunal
Tal como no ano passado, 2024 também viu acontecer justiça climática. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos reconheceu que a inação do governo em relação às alterações climáticas viola os direitos humanos fundamentais, no caso das “avós do clima”.
A UE tornou-se ainda o primeiro organismo internacional a criminalizar os casos mais graves de danos ambientais. A destruição dos ecossistemas, incluindo a perda de habitats e o abate ilegal de árvores, será punida com penas mais pesadas e penas de prisão.
França implementa compostagem obrigatória
Desde o início do ano que a reciclagem de resíduos orgânicos é obrigatória em França. Os municípios devem proporcionar aos residentes formas de separar os biorresíduos, como restos de comida, alimentos fora de prazo e resíduos de jardim.
Gases que destroem a camada de ozono diminuíram
Um estudo da Universidade de Bristol revelou que os gases responsáveis pelo buraco na camada de ozono diminuíram mais rapidamente do que se pensava, graças aos esforços internacionais para regulamentar a sua produção.
Turismo ao serviço do planeta
Alguns pontos do mundo estão a usar o turismo a favor do ambiente. Por exemplo, o Hawai introduziu uma taxa turística para ajudar a proteger praias e prevenir incêndios, a cidade de Copenhaga está a oferecer refeições e tours aos visitantes e residentes que ajudarem a tornar a capital mais verde e a Gronelândia vai introduzir um imposto verde no turismo para proteger a natureza.