A produção descentralizada de energia, que podemos também denominar de microgeração, constitui a possibilidade do consumidor, seja ele particular ou empresa, produzir a sua própria energia. Para o efeito, os equipamentos variam entre painéis solares, microturbinas, micro-eólicas ou mini-hídricas, de pequena escala.
Esta energia pode ser utilizada para o aquecimento de águas sanitárias ou para a produção de energia elétrica, e pode ser consumida diretamente ou vendida à rede de distribuição nacional.
A descentralização da produção e, sobretudo, a necessidade urgente de encontrar soluções flexíveis e de dimensão local, são fundamentais para o processo de transição energética.
Estima-se que a energia fotovoltaica terá custos de produção tão competitivos quanto os da rede de grande escala e a produção micro-eólica.
A produção descentralizada responde aos problemas que o modelo clássico de produção e distribuição de energia tem vindo a enfrentar (dificuldades operacionais e custos crescentes), recorrendo a fontes renováveis, que permitem a redução dos níveis de CO2.
Os avanços tecnológicos já provaram que estas alternativas funcionam, agora o verdadeiro desafio é que a rede de distribuição passe a funcionar num modelo descentralizado e dinâmico em menores quantidades de produção.
Em Portugal existem condições bastante favoráveis ao aproveitamento de grande parte das fontes de energia renovável existentes, destacando-se a energia solar. O número médio anual de horas de sol varia, no território continental, entre as 2200 e as 3000 horas, enquanto, por exemplo, na Alemanha ou na Bélgica, este número desce para cerca de metade.
O que podemos fazer a título individual para acelerar este processo? Instalar um sistema de microgeração de energia renovável, aderir a uma Comunidade de Energia Renovável e/ou colaborar com instituições que promovam a literacia energética e prestem auxílio a consumidores vulneráveis ou a pessoas em situação de pobreza energética.
O último filme desta saga vai estrear muito em breve na sala Energia Letiva, contamos contigo para a Digitalização?