Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Qual é o plano de Portugal para a transição climática e energética?
O Plano Nacional de Energia e Clima 2030 é um plano entregue à Comissão Europeia por todos os Estados-membros da União Europeia, com estratégias ambiciosas para alcançar a neutralidade carbónica.
O que é o Plano Nacional de Energia e Clima?
O Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC) é um documento estratégico para o combate às alterações climáticas que coloca a descarbonização no centro das políticas públicas nacionais.
O PNEC estabelece metas nacionais para 2030 ligadas à redução de emissões de gases com efeito de estufa, à incorporação de energias renováveis, à eficiência energética, entre outros. Para isso, inclui uma caracterização da situação energética e climática existente em Portugal e define as principais linhas de atuação, metas e medidas para cumprir os diferentes compromissos.
Cada Estado-membro da União Europeia (UE) tem o seu próprio PNEC e, a cada dois anos, deve enviar um relatório sobre o seu progresso. A avaliação é feita pela Comissão Europeia, que dá recomendações sobre as áreas que necessitam de mais atenção.
O documento foi lançado em 2020 e revisto pela primeira vez em 2023. Portugal assumiu novas ambições para 2030, de acordo com novas obrigações e compromissos (incluindo aqueles assumidos na Lei de Bases do Clima), e antecipou alguns dos seus objetivos, nomeadamente a meta da neutralidade carbónica para 2045 (5 anos antes da UE).
Estes trabalhos de revisão vão continuar nos próximos meses, sendo que a versão final deve ser submetida à Comissão Europeia até 30 de junho de 2024.
Quais são as prioridades?
Descarbonização da economia
Reduzir as emissões de forma transversal a todos os setores de atividade.
Eficiência energética
Reduzir o consumo de energia e apostar no uso eficiente dos recursos, através de estratégias como a adaptação e renovação dos edifícios.
Energias renováveis
Apostar nas energias renováveis, utilizando mais e melhor os recursos endógenos e alcançando uma maior independência energética para o país.
Segurança de abastecimento
Diversificar as fontes e origens de energia, garantindo um sistema energético seguro, resiliente, flexível, moderno, integrado e interligado.
Mobilidade
Promover a mobilidade sustentável e a sua eletrificação, com reforço da mobilidade ativa, partilhada e conectada e melhorias na oferta e qualidade dos transportes públicos.
Agricultura e florestas
Aumentar o sequestro de carbono, reduzir a intensidade carbónica das práticas agrícolas e aumentar a sua eficiência, assegurando uma gestão mais eficaz das florestas.
Indústria
Adotar processos de produção mais limpos e eficientes, assentes na digitalização e na circularidade.
Transição justa
Garantir uma transição inclusiva, assegurando oportunidades equitativas, protegendo os mais vulneráveis e promovendo a coesão e valorização territoriais.