O papel da educação no alcance dos objetivos delineados para 2030 surge destacado no Objetivo 4: Educação de Qualidade: “Garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos” e no Objetivo 13: Ação Climática: “Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos.” Até 2030, este último objetivo pretende: “Melhorar a educação, aumentar a consciencialização e a capacidade humana e institucional sobre medidas de mitigação, adaptação, redução de impacto e alerta precoce no que respeita às alterações climáticas.”
Incorporar as alterações climáticas e a sustentabilidade no programa curricular das escolas primárias e secundárias ajudaria a capacitar e incentivar mais jovens e as suas comunidades para agirem sobre esta questão.
Na sala de aula, os jovens podem compreender o impacto do aquecimento global e como se podem adaptar às alterações climáticas. A educação empodera todas as pessoas, mas tem um especial impacto em motivar os mais jovens a agir. A criação de comportamentos nos jovens permite a sedimentação de hábitos sustentáveis e alinhados com as necessidades do planeta. A literacia ambiental contribui para erradicar o medo e a nuvem cinzenta que o excesso de más notícias faz pairar sobre a sociedade atual.
O que significa literacia ambiental? Educar os cidadãos, especialmente as crianças, e sensibilizá-los para as causas e consequências das alterações climáticas. A aposta na educação ajuda as pessoas a compreender e enfrentar os impactos da crise climática, capacitando-as com os conhecimentos, competências, valores e atitudes necessários para agirem como agentes de mudança.
Levar esta abordagem à sala de aula implica utilizar conceitos que até então pareciam reservados aos cientistas – um passo que os especialistas apontam como sendo muito importante. Aquecimento global, gases com efeito de estufa, energias renováveis, pegada de carbono, desflorestação, reciclagem, empregos verdes, impostos verdes, alimentação sustentável e muitos outros conceitos têm de fazer parte do dicionário letivo. Além de incluir a temática no programa curricular, existem várias atividades que potenciam o conhecimento sobre o fenómeno climático e promovem a consciencialização ambiental e a adoção de comportamentos sustentáveis. Debates, operações de limpeza, utilização da arte e da literatura ao serviço da educação ambiental, e muitas outras iniciativas em que é possível integrar conceitos e suscitar a curiosidade dos jovens para o universo da eficiência energética e do desenvolvimento sustentável. O conhecimento e experiências devem basear-se no cenário global, mas focar-se no panorama local, para que a ação seja direcionada aos desafios e realidade do meio envolvente.