Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, 
aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

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O custo do consumo desenfreado

Com as campanhas especiais da Black Friday, o consumo excessivo torna-se mais evidente, especialmente no que toca à moda e à tecnologia. Pensar antes de agir e prolongar o tempo de vida dos produtos são algumas soluções para enfrentar o consumismo e proteger o planeta.

BFS
Começou por ser um dia, mas as promoções “imperdíveis” estendem-se agora por várias semanas. A Black Friday está quase à porta, pronta para nos oferecer oportunidades de poupança que encorajam a corrida desenfreada às lojas.
Só neste dia são gastos milhões de euros. Este ano, os portugueses tencionam gastar em média 290 euros, mais 11% do que em 2022.
No entanto, por impulso, acabamos por comprar coisas que afinal não precisamos. As estimativas dizem que 80% dos produtos comprados na Black Friday - incluindo as embalagens de plástico - acabam descartados após um uso único (ou até nenhum uso) em aterros sanitários, incinerados ou reciclados incorretamente.
O consumismo e o desperdício acontecem globalmente e têm consequências negativas para o ambiente, contribuindo para o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2), da quantidade de resíduos e de poluição. Só no Reino Unido, estima-se que a Black Friday de 2020 tenha emitido 429 toneladas cúbicas de gases com efeito de estufa, o equivalente às emissões de 435 voos entre Londres e Nova Iorque.
Em termos sociais, o impacto pode ser explicado assim: quando uma marca baixa o valor de um produto, alguém na cadeia de produção fica a perder, o que pode significar salários injustos e condições de trabalho precárias.
Muitas das compras deste dia estão associadas à fast fashion. Como a moda é feita de tendências, as pessoas sentem a necessidade constante de comprar, o que faz com que as marcas produzam roupa barata e com pouca qualidade, sem, contudo, garantir condições de trabalho ou segurança ambiental.
O têxtil é a segunda indústria mais poluente do mundo, sendo responsável por cerca de 10% das emissões globais de CO2 - mais do que todos os voos internacionais e o transporte marítimo juntos. Além disso, consome grandes quantidades de água e energia, polui o ambiente e liberta microplásticos que demoram centenas de anos a degradar-se.
Também os equipamentos elétricos e eletrónicos são populares na Black Friday. Os envios rápidos, as embalagens excessivas e o descarte em pouco tempo e, muitas vezes, incorreto, fazem do setor do comércio eletrónico um grande emissor de carbono.
Mas a Black Friday não é o único dia em que consumimos. Durante o resto do ano, contribuímos para o lixo eletrónico e para as pilhas de roupa nos aterros. Cada cidadão europeu desfaz-se, em média, de 11 quilos de roupa por ano, e em Portugal o número sobe para 18 quilos. Em 2021, o lixo eletrónico acumulado - um total de 60 milhões de toneladas - era mais pesado do que a Muralha da China.
Sabemos que não é fácil resistir à Black Friday e às tendências, mas há formas de as ultrapassar de forma mais consciente.
 
Como combater o consumo desenfreado?
Os consumidores são uma peça importante para inverter este ciclo de hiperconsumo. A mudança dos hábitos de consumo vai moldar e influenciar a regulamentação e o posicionamento das próprias empresas. Eis o que podes fazer:
  1. Antes de qualquer compra, devemos dar um passo atrás e perguntar-nos: será que preciso mesmo disto? Vou usá-lo várias vezes? Não comprar será sempre a solução mais sustentável e económica;
  2. Se a compra é mesmo necessária, o ideal é escolher produtos mais sustentáveis, produzidos localmente, com certificação de sustentabilidade ou vendidos em segunda mão;
  3. Em vez de coisas, podes oferecer experiências: bilhetes para espetáculos, concertos, eventos ou exposições, workshops e atividades na natureza são alguns exemplos;
  4. Descobre se o produto que queres substituir pode ser reparado. Se calhar o computador pode ser arranjado e aquele casaco só precisa de um fecho novo.
 
O consumo responsável é a base do Dia Mundial sem Compras - e não é por acaso que se celebra no dia seguinte à Black Friday. Agora que sabes o que podes fazer para consumir de forma mais sustentável, como tencionas escapar à festa dos descontos (e comemorar o Dia Mundial sem Compras)? Conta-nos tudo!
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