Anualmente, mais de 150 milhões de smartphones são deitados fora, tendo o seu destino selado em aterros. Estes demoram anos a decompor-se, libertando substâncias químicas tóxicas para as águas subterrâneas e contaminando o solo.
Facilitar a substituição das baterias poderá contribuir para a reutilização e reparação dos telemóveis, colocando um travão na enorme dimensão de lixo eletrónico e no impacto ambiental consequente.
Esta medida implica uma mudança drástica no design dos produtos, uma vez que os fabricantes de smartphones selam as baterias dentro do aparelho, sendo necessário conhecimento e ferramentas específicas para fazer a sua substituição. Esta logística leva a que, muitas vezes, os consumidores optem por um aparelho novo, uma vez que a substituição da bateria é quase tão dispendiosa quanto um aparelho novo.
"Pela primeira vez, temos legislação sobre economia circular que abrange todo o ciclo de vida de um produto, uma abordagem que é boa tanto para o ambiente como para a economia." (Achille Variati, MEP)
As novas medidas beneficiam os consumidores, com baterias que garantem o bom funcionamento, segurança e a sua fácil remoção. Esta medida aplica-se a dispositivos como smartphones, tablets e câmaras.
Esta nova regra integra um sistema mais vasto de regras, que deverá entrar em vigor em 2027. Nesta legislação, todos os veículos elétricos, meios de transporte leves, como por exemplo scooters elétricas, e baterias industriais recarregáveis, com mais de 2 kWh, terão de ter uma declaração obrigatória da pegada de carbono, um rótulo e um passaporte digital.
O objetivo do Parlamento Europeu é que, até 2031, 61% dos resíduos sejam recolhidos e 95% dos materiais devem ser recuperados das baterias portáteis antigas.