Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, 
aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

✕
  • O Projeto
  • Atividades
  • Novidades
  • Agenda
  • O Projeto
  • Atividades
  • Novidades
  • Agenda
✕

Modo Voo

Com o verão e início das férias, os sites das companhias aéreas são presença assídua no nosso histórico de pesquisas online. Quando marcamos um voo, muitas companhias propõem-nos uma taxa de compensação das emissões de carbono causadas pela viagem, como uma medida para atingir a neutralidade carbónica e uma oportunidade para reduzirmos a nossa pegada ambiental. Mas em que consiste esta taxa?

CO2_S
Antes de descolarmos, o que é a neutralidade carbónica?
A neutralidade carbónica consiste no valor nulo de emissões líquidas de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa (GEE) da atmosfera, tendo em conta o total de emissões.
De modo a limitar o aquecimento global a 1,5°C (o limite considerado seguro), é imperativo atingir a neutralidade carbónica até 2050 – uma meta estabelecida no Acordo de Paris - assinado por 195 países, no Pacto Ecológico Europeu e na Lei Europeia do Clima.
 
Apertem os cintos, vamos falar de números.
A aviação é responsável por cerca de 2 a 2,5% das emissões globais de CO2, valor que se tem mantido constante na última década. Estima-se, no entanto, que as emissões da aviação vão aumentar até 2050, mesmo com as melhorias na eficiência das aeronaves. Mas o impacte da aviação sobre o clima não se esgota com o problema do CO2. As consequências que não estão relacionadas com o CO2 podem ter efeitos ainda mais nocivos, designadamente pelo facto de os aviões cruzarem e emitirem no topo da troposfera, formando rastos (contrails), cujas efeitos de retenção de calor podem triplicar até 2050 se nenhuma ação for tomada.

 

Agora, em modo voo, em que consiste a taxa de compensação das emissões de carbono?
A compensação de carbono das viagens de avião consiste num imposto que representa o valor da compensação das emissões de carbono produzidas por um determinado voo. Esta taxa é apresentada ao passageiro no momento da reserva do voo, com a informação relativa ao valor de CO2 emitido por pessoa no voo em questão e qual o custo monetário da respetiva compensação. Estes programas existem apenas em regime voluntário, sendo oferecido aos passageiros como uma forma de compensarem a sua pegada de carbono.
A compensação é feita fora da cadeia de valor dessa atividade, através do investimento em projetos que contribuam para a redução de emissões. Estes projetos devem ter um impacte significativo na sociedade e no ambiente, respeitando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para 2030, atuando em áreas como a eficiência energética, o combate às alterações climáticas ou as energias renováveis.
Esta prática  ocorre e é incentivada noutros setores e negócios com relativo impacte nas emissões de gases de efeito de estufa, como serviços de entregas, e inclusive a nível dos nossos hábitos individuais. Devem ser privilegiados projetos cujas reduções de emissões já ocorreram e foram validadas por entidades credenciadas nesta área.
Esta ferramenta não deve ser vista como uma forma de desresponsabilizar as companhias aéreas pelo seu papel na emissão de CO2 ou uma oportunidade para causar emissões, mas sim para compensar as emissões que não podem ser evitadas.
A compensação de carbono pode ser uma ferramenta relevante quando usada para complementar os compromissos presentes e futuros das empresas, como tornar os aviões mais eficientes e na aposta em novas tecnologias na aviação, incluindo aviões elétricos e a hidrogénio, que são metas fundamentais para atingir a neutralidade carbónica.

 

Questões que surgem na aterragem:
A aviação corresponde a 2 a 2,5% de todas as emissões de CO2. Como tal, tem sido um dos temas em debate no âmbito da discussão sobre as alterações climáticas. No entanto, globalmente, as viaturas de passageiros representam mais de 30% das emissões e o desperdício alimentar corresponde a 8 a 10% de todas as emissões anuais. Contas feitas, os alimentos desperdiçados e as viaturas de passageiros têm um peso bastante superior na quantidade de emissões anuais de CO2. O que podemos fazer para evitar e compensar estas emissões?

 

A cabeça pode estar nas nuvens, mas que a informação esteja na palma da mão!

 

Partilhar:

Apoios:

Apoios:

© Copyright 2023 - Energia Letiva. Todos os direitos reservados. Conceção e Implementação: Genica