Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, 
aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

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Luta pela justiça climática

Apesar de assinarem vários acordos e compromissos, os países não estão a fazer o suficiente para combater a crise climática. Em 2022, o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC) descreveu os litígios - os casos levados a tribunal - como uma das várias novas e importantes formas de moldar a política climática.

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Cada vez há mais sinais de que o planeta está a aquecer, mas várias entidades, como governos e empresas, parecem não dar por eles, desvalorizando-os.
Levar estes casos a tribunal permite à sociedade civil fazer face às respostas inadequadas dos governos e empresas. De acordo com um relatório das Nações Unidas (ONU), o número de ações judiciais aumentou mais do dobro entre 2017 e 2022.
Os casos são variados, procurando frequentemente:
  • responsabilizar e pressionar tanto o setor público como o privado a cumprir objetivos de redução e adaptação mais ambiciosos ou, simplesmente, as metas já estabelecidas;
  • defender uma maior divulgação de informações sobre o clima e o fim do greenwashing;
  • impedir a realização de projetos que causem poluição e/ou danos ambientais;
  • pedir indemnização por danos causados pelo clima.
 
Exemplos de casos climáticos
No dia 9 de abril de 2024, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, o mais alto tribunal europeu, tomou uma decisão histórica quando deu razão às “avós do clima” - um grupo de mulheres suíças que tentou processar o seu Governo por não fazer o suficiente no combate às alterações climáticas, resultando em ondas de calor que não só agravaram os seus problemas de saúde, como também puseram em causa a sua liberdade.
O Tribunal considerou que a Suíça não tinha tomado as medidas necessárias em relação às alterações climáticas e que, ao fazê-lo, tinha violado os direitos humanos das mulheres. Foi a primeira vez que um tribunal regional de direitos humanos se pronunciou sobre casos ligados ao clima.
No mesmo dia, o Tribunal rejeitou dois outros casos climáticos pioneiros: um envolvendo seis jovens portugueses que acusaram 32 governos europeus de inação climática, e outro movido por um ex-presidente do município francês de Grande-Synthe, alegando falta de medidas adequadas por parte da França para enfrentar as alterações climáticas.
No entanto, o Tribunal validou alguns dos seus argumentos: as alterações climáticas devem ser tratadas como um "problema existencial para a espécie humana"; e existe uma "relação de causalidade" entre atividades responsáveis pela libertação de gases com efeito de estufa e consequências negativas nos direitos e bem-estar.
 
Impacto dos casos climáticos
A nível mundial, 55% dos casos tiveram uma decisão favorável ao clima, de acordo com o último relatório anual da London School of Economics and Political Science (LSE).
Independentemente do desfecho, estes casos têm efeitos positivos: aumentam a sensibilização para a causa climática e deixam as portas abertas a cidadãos, migrantes climáticos, comunidades indígenas, ativistas e organizações, inspirando dezenas de ações judiciais semelhantes em todo o mundo.
No futuro, prevê-se um aumento no número de casos relacionados com a migração climática, casos apresentados por povos indígenas, comunidades locais e outros grupos desproporcionalmente afetados pelas alterações climáticas, e casos que abordam responsabilidades na sequência de fenómenos meteorológicos extremos, segundo o relatório da ONU já mencionado.
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