Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.
Atualmente, conseguimos captar energia através da força do vento, das ondas do mar e dos recursos do subsolo, mas a forma como os exploramos influenciam o bem-estar do nosso planeta.
Desde os primórdios da sua existência que o ser humano usa os recursos que encontra à disposição na natureza para satisfazer as suas necessidades.
Com o passar dos séculos, começou a perceber que podia utilizar esses recursos para gerar energia: o vento impulsionava os moinhos para moer os cereais e fazer farinha, o carvão movimentava as máquinas na Revolução Industrial e, atualmente, a energia solar aquece as nossas casas.
Estes diferentes recursos ou fontes de energia renovam-se a velocidades diferentes, podendo ser divididos em dois grupos: renováveis e não renováveis.
O que são energias não renováveis?
As energias não renováveis utilizam recursos que não podem ser substituídos depois de terem sido utilizados, ou seja, a velocidade de consumo é mais rápida do que o tempo que demoram a formar-se novamente.
Apesar de serem limitadas, estas fontes estão a ser rapidamente consumidas, causando danos no ambiente: desequilíbrio dos ecossistemas, alterações climáticas e poluição da água, do solo e do ar. Este é o caso dos combustíveis fósseis e da energia nuclear:
Combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural): formam-se a partir dos restos de plantas e animais enterrados no subsolo há milhões de anos. Estes combustíveis são queimados de forma a gerar energia elétrica, libertando gases com efeito de estufa.
Energia nuclear: energia produzida a partir de minerais radioativos extraídos da crosta terrestre.
A energia proveniente de recursos não renováveis tem vindo a diminuir com o desenvolvimento de energias alternativas - as energias renováveis.
O que são energias renováveis?
As energias renováveis - também chamadas energias limpas ou energias verdes – utilizam recursos que não se esgotam facilmente e que a natureza consegue substituir à medida que são utilizados para gerar eletricidade ou calor.
A energia renovável é produzida a partir de recursos como o vento, a água, a luz do sol, o calor da Terra (geotermia) e as matérias orgânicas (biomassa):
Energia eólica: energia obtida pela ação do vento;
Energia hídrica: energia que se obtém pelo movimento das águas dos rios (energia hidroelétrica) e das ondas e marés (energia dos mares ou oceânica);
Energia solar: energia proveniente do sol;
Energia geotérmica: energia proveniente do calor, água quente ou vapor do interior da Terra;
Energia da biomassa: energia que se obtém durante a transformação de produtos de origem animal e vegetal;
Energia do hidrogénio: energia obtida da combinação do hidrogénio com o oxigénio, produzindo vapor de água.
Se as energias renováveis têm tantas vantagens (e são um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU), porque é que não as utilizamos mais?
Ao contrário do gás natural e do carvão, não conseguimos armazenar os recursos renováveis para os utilizarmos quando precisamos de produzir mais energia. Se o vento não sopra ou o sol se esconde atrás das nuvens, pode não haver energia suficiente para todos. Além disso, produzir energia renovável é mais caro do que utilizar combustíveis fósseis.
As energias renováveis podem implicar alguns inconvenientes, mas continuam a ser a melhor solução: reduzem a emissão de gases com efeito de estufa e a poluição ambiental, mas também a nossa necessidade de importar combustíveis fósseis (dependência energética).
A eletricidade produzida por fontes renováveis tem vindo a aumentar na última década. Em 2021, abasteceu cerca de 59% do consumo de eletricidade em Portugal.
Se olhares com atenção para a fatura de energia, verás que a eletricidade que chega a tua casa vem de diferentes fontes. Qual a percentagem de cada uma?