Humanos VS Planeta

Esta atividade assume a forma de um julgamento. A Humanidade é levada a tribunal pelos seus vários crimes contra o planeta: destruição de ecossistemas, exploração de recursos naturais, desestabilização do clima global, extinção de espécies, entre muitos outros.

Com este desafio, os alunos vão entender melhor como as atividades humanas afetam o nosso planeta, ao mesmo tempo que praticam as suas capacidades de pesquisa, argumentação e apresentação em público. No final, há uma decisão a tomar: os humanos devem ser banidos da Terra?

PREPARAÇÃO

Para esta atividade, é necessário dividir a turma em dois grupos. Um grupo irá representar os Humanos, enquanto o outro grupo representará o Planeta (podem ser divididos em “vítimas”, como os animais, o clima, os recursos naturais, entre outros). O professor representará o papel de juiz.

Cada grupo deverá pesquisar os argumentos a seu favor. O lado dos Humanos terá de pensar em várias razões pelas quais os humanos devem ser autorizados a permanecer na Terra, tais como a sua inteligência e a sua capacidade de construir máquinas complexas.

O lado do Planeta terá de preparar uma lista de razões pelas quais os humanos não devem ser autorizados a permanecer na Terra. Estas podem incluir pontos como os seus hábitos destrutivos, a sua incapacidade de coexistir com outras espécies, entre outros.

Cada lado deve ter pelo menos um argumento por aluno, apesar de nem sempre ser possível.

O juiz e o júri vão decidir se os humanos são ou não culpados e se devem ser banidos da Terra.

ATIVIDADE

1. Depois de definir os grupos, os alunos têm 15-20 minutos para pensar nos seus argumentos. Depois disso, há uma reviravolta: o professor irá selecionar de forma aleatória vários alunos de ambos os lados para formar um terceiro grupo: o júri. É necessário explicar aos alunos que o júri se sentará ao lado do juiz e que será responsável por ouvir os argumentos de ambas as partes e chegar a uma conclusão com a ajuda do juiz. É importante dizer aos alunos que o júri deve ser neutro (não devem escolher automaticamente o lado em que estavam, mas devem ter uma mente aberta). Pode ser útil deixar claro o quão especial e importante é este papel, para que os alunos se sintam orgulhosos e o desempenhem da melhor forma. O júri deve ser um número ímpar de alunos.

2. Durante os próximos 5-10 minutos, os grupos terão de organizar os seus argumentos para que cada aluno saiba qual é o seu argumento e a ordem de apresentação. Entretanto, o júri deve, em privado, discutir entre si o que aprendeu durante a fase de preparação. Isto deverá ajudar o júri a tornar-se menos parcial, uma vez que os seus membros deverão adquirir uma melhor compreensão de ambos os lados do debate.

3. Quando todos os grupos estiverem prontos, o julgamento pode começar! O júri deve sentar-se no centro da sala, entre os dois grupos, juntamente com o juiz, que ajudará a facilitar o debate.

4. Os primeiros oradores podem ir para o centro da sala e atirar uma moeda ao ar (ou jogar ao pedra-papel-tesoura) para ver qual dos lados vai começar.

5. Depois do primeiro orador ter apresentado o primeiro argumento do seu lado, o lado oposto pode escolher entre responder-lhe diretamente ou apresentar o seu próprio primeiro argumento. Depois de cada lado ter apresentado um argumento, o lado oposto deve ter sempre a oportunidade de responder diretamente ao argumento (se assim o desejar) antes de passar ao argumento seguinte. O juiz pode ajudar os alunos que estejam a ter dificuldades com os seus argumentos e assegurar que o debate decorre sem problemas, pedindo aos alunos que respondam a um argumento ou que apresentem o argumento seguinte.

6. Quando ambas as partes tiverem esgotado todos os seus argumentos, será então altura de o juiz e o júri decidirem sobre o veredito final, que pode ser partilhado com a turma por um dos elementos do júri.

Qual foi a decisão final das vossas turmas? Partilhem connosco!