O Projeto Exploratório HERIT-AGES, que está na origem desta exposição, tem investigado a temática no último ano e meio. O projeto tem como objetivo avaliar de que forma a hipervisibilidade do plástico (enquanto vilão no combate ao desperdício e à poluição) e a invisibilidade do vidro (por ser o material mais subestimado, e com menor destaque) poderão ter influência naquilo que os museus e a sociedade decidem preservar para o futuro.
A existência do vidro data de há 5000 anos, e é um material que tem presença assídua no quotidiano. O plástico, apesar de ter uma origem mais recente, é um material ubíquo, cuja produção (e utilização) ultrapassou outros mais antigos – de tal modo que, atualmente, o associamos a uma ameaça para o ambiente. E, tal como canta Rui Veloso, muito mais é que aquilo que os une, do que o que os separa: o vidro e o plástico partilham características que os tornam adequados para desempenhar as mesmas funções
A vida contemporânea é quase inimaginável sem qualquer um destes materiais, de modo que nas discussões referentes à nossa Era, há quem argumente que vivemos na Idade do Plástico, pelo impacto negativo que este material tem demonstrado ter e, ao mesmo tempo, existem aqueles que afirmam que estamos na Idade do Vidro, pelo avanço tecnológico que tem permitido.
Para além de traçar o histórico do plástico e do vidro, a exposição convida à reflexão sobre a sustentabilidade do planeta e convida-nos, de forma interativa a responder à questão: ‘Em que Idade estaremos nós?’
A exposição está patente até dia 8 de outubro, na Sala Azul do Museu Nacional de História Natural e da Ciência.