Medida financiada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia, 
aprovado pelo ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos.

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Poluição luminosa: vamos apagar as luzes?

Na maioria das situações, a luz artificial ajuda-nos a ver, aumentando o número de horas em que podemos estar ativos. Mas quando se trata de olhar para o seu impacto, percebemos que esta luz é, na verdade, um tipo de poluição.

PLS
O que é a poluição luminosa?
A maior parte de nós está familiarizada com a poluição do ar, da água e dos solos, mas sabias que a luz também pode ser um poluente?
Segundo a International Dark-Sky Association, a poluição luminosa é a alteração, provocada pelo Homem, dos níveis de luz exterior em relação aos que ocorrem naturalmente.
As fontes de poluição luminosa incluem a iluminação exterior e interior das casas, os outdoors publicitários, os edifícios de escritórios, as fábricas, os hotéis, os recintos desportivos iluminados, os monumentos, as plataformas petrolíferas, os navios e os portos.
A luz produzida nas cidades propaga-se pela atmosfera dezenas a centenas de quilómetros e consegue chegar aos céus dos locais mais remotos. Isso faz com que mais de 80% da população mundial e 99% dos habitantes da Europa e dos EUA vivam sob céus poluídos pela luz. Portugal é um dos países europeus com maiores índices de poluição luminosa: maior emissão de luz por habitante e por PIB.
 
Quais são os efeitos negativos da poluição luminosa?
A poluição luminosa é prejudicial para:
  • A vida selvagem e os ecossistemas - a escuridão é fundamental para o funcionamento dos ecossistemas: espécies noturnas dependem do escuro para se alimentar, comunicar, proteger e orientar, enquanto as espécies diurnas precisam do escuro para regular o seu ciclo circadiano. A luz artificial afeta aves migratórias, tartarugas recém-nascidas, morcegos, insetos, peixes e plantas (estas sofrem stress pela contínua exposição à luz e deixam de receber tantas visitas dos polinizadores);
  • A saúde humana - a iluminação artificial causa impactos na visão e confunde o nosso corpo e o ciclo circadiano, potenciando doenças e provocando alterações de sono, fadiga, dores de cabeça, stress e ansiedade, entre outros;
  • A astronomia - as luzes dificultam a observação de estrelas, planetas e até galáxias. Em 1994, um terremoto cortou a eletricidade na cidade de Los Angeles, levando muitos habitantes a ligar para os serviços de emergência preocupados com uma "nuvem prateada gigante" no céu noturno - era a Via Láctea, encoberta pela luz artificial há anos;
  • O consumo de energia e o clima - uma percentagem significativa da iluminação pública e de exterior é totalmente perdida para o céu (mal dirigida ou iluminando zonas em que não é necessária), o que contribui para o desperdício energético, o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) e as alterações climáticas.
 
O que pode ser feito?
A boa notícia é que a poluição luminosa, ao contrário de outros tipos de poluição, é simples de resolver. A poluição luminosa desaparece no instante em que se desligam (ou reduzem) as luzes, uma vez que não precisamos de esperar que o ambiente responda. E cada um pode fazer a diferença!
 
Corrigir as luzes
Direcionar as luzes para o chão para onde é necessária (e não para o céu), utilizar níveis de brilho mais baixos e cores mais quentes, colocar sensores de movimento ou temporizadores, promover apagões durante os períodos mais críticos para as aves e desligar o máximo de luzes durante a noite (especialmente as desnecessárias, como edifícios de escritórios vazios, monumentos e outdoors luminosos) são algumas soluções.
 
Fazer mudanças em casa
As famílias podem observar as luzes que têm no exterior da casa: a luz vai para onde é suposto? É demasiado brilhante? As luzes podem ser desligadas quando não são necessárias? Já no interior, podem fechar as persianas para evitar a dispersão da luz.
 
Falar sobre o tema
As crianças podem apresentar projetos na escola sobre poluição luminosa ou até mesmo escrever uma carta aos líderes locais, como o presidente da câmara, ou aos editores de jornais. Quanto mais pessoas estiverem sensibilizadas para o tema, maior é a probabilidade de reivindicarem medidas aos órgãos de poder.
 
Estas estratégias permitem poupar enormes quantidades de energia e dinheiro, reduzir as emissões de CO2 e, ao mesmo tempo, preservar a natureza e o céu noturno.
 
Ficaste com alguma curiosidade sobre o impacto ou as soluções da poluição luminosa? Partilha connosco!
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